martes, 9 de diciembre de 2008

OS TEUS SEIOS, . . LINDOS,. . .LINDOS


A UM SEIOO


teu pequenino seio

De transparência azulada,

Foi uma espera doirada

Que se partiu pelo meio :


Cada metade após veio

E ao teu peito se colou :

Foi assim que Deus criou

O teu pequenino seio . . .


Mas, talvez falta de jeito ,

Ao dispô-las no teu colo ,

Formou-lhes mesmo no pólo

Um róseo bico de peito .


Tão rosado e pequenino

Que por sobre a pele langue

Semelha a gota de sangue

D'algum coração divino . . .


Sobre essa pele dos ninhos

Enroscam-se as veias verdes ,

Em que tu as horas perdes

A seguir-lhes os caminhos .


Elas correm sinuosas ,

Desde o peito até aos bicos

D'esses dois montes, dois picos ,

Da cor dos botões de rosas . . .


Têm a lanugem doirada

Em volta disposta em franja ,

Dando-lhe a cor da laranja ,

D'uma laranja encantada !


Eis porque digo ao teu seio

De transparência azulada ;

Que foi espera doirada

Que se partiu pelo meio ! . . .



Manoel Penteado

miércoles, 3 de diciembre de 2008

Tô vortando!!


to vortando pra terrinha das popozudas /o/ooo saudade desse Brasil q eh uma merda xDBrasil pode se a merda q for, mas eh meu país! o país q eu aaaamo!!!

Beleza interior


Beleza, sensualidade, harmonia das formas, olhar brilhante.


Acentuado carisma para cativar as pessoas.


Quem não deseja ser apreciado e admirado?


Corremos às academias para fazer musculação, ginástica e esteira.


Salas de espera dos cirurgiões plásticos abarrotadas de clientes aflitas por uma juventude eterna.


Lipoaspiração.


Silicone nos seios.


Os profissionais de estética encontram inúmeros clientes interessados na melhora do aspecto da pele, amenizar as rugas, botóx, etc.


Homens e mulheres desejam ficar mais bonitos e jovens.


Queremos prolongar a sensação de juventude e beleza.


Isso é ruim?


De jeito nenhum.


A preocupação com a beleza e a saúde física são toques de auto-estima.


Uma pessoa deprimida não se preocupa com a beleza.


A vaidade pode ser um ótimo sinal para a saúde da mente.

Como combater o vício do Orkut



Um Garoto era tão viciado no orkut, mas tão viciado, que sua mãe nao sabia mas o que fazer. Um dia ela decidiu: “Vou mandá-lo para a igreja”. Chegando na igreja o pastor pergunta ao garoro:
- Menino você aceita Jesus ?
E o menino respondeu:
- Só se ele me deixar um “SCRAP”.

lunes, 24 de noviembre de 2008

É OFICIAL! COPENHAGUE É A MELHOR CIDADE DO MUNDO PARA SE VIVER


A capital dinamarquesa encabeça a lista ansiosamente aguardada de 2008 da revista internacional Monocle. “Maravilhosa, Maravilhosa Copenhague...” Essas familiares letras não somente resumem a visão repleta de sintonia de Danny Kaye sobre a capital dinamarquesa como era há mais de meio século, como também a opinião da revista internacional Monocle sobre como a cidade é atualmente. Na sua próxima edição, disponível em bancas de jornais a partir de meados de Junho, a revista Monocle distribui seu ansiosamente aguardado veredito sobre as 25 melhores cidades do mundo para se viver. A citação da cidade vencedora traz: “Copenhaguenses, alegrem-se: sua cidade (e seu design) tem nossa medalha de ouro.” Em seguida ao curso de Copenhague ao topo do ranking geral de 2008 da revista Monocle estão: Munique (ganhadora do ano passado), Tóquio, Zurique, Helsinki, Viena, Estocolmo, Vancouver, Melbourne e Paris. Em adição por ser nomeada a cidade nº 1 pela revista Monocle, Copenhague também leva o prêmio de Cidade com Melhor Design – uma das cinco novas categorias que a revista introduziu. Leia mais no site oficial da Dinamarca. (disponível em inglês)

Autarca australiano convida “mulheres feias” para morar na cidade


Um autarca australiano está a ser criticado por dizer que as “mulheres feias” se deveriam mudar para a cidade que administra porque podem beneficiar com a falta de mulheres no lugar.
John Moloni disse ao jornal australiano Townsville Bulletin, na semana passada, que “com cinco homens para cada mulher, eu gostaria de sugerir que as mulheres menos bonitas se deslocassem para Mount Isa”.
Segundo o mais recente censo, realizado em 2006, havia apenas 819 mulheres com idades entre 20 e 24 anos na cidade, numa população de 21.421 habitantes.
Desde então, a autarquia foi inundada com reclamações tanto de homens como de mulheres.
Jean Ferris, que trabalha na autarquia de Mount Isa, disse que o “convite” do autarca gerou alarme entre homens e mulheres.
“É um desastre”, disse Ferris ao jornal Courier Mail. “Não é a visão da prefeitura e não é a minha visão. É difícil defender alguma coisa que outra pessoa disse. Nós estamos apavorados”, afirmou
Mas Molony recusou-se pedir desculpas pelos comentários, afirmando que “estava a dizer como é a realidade” na cidade do Estado de Queensland e que é “um homem que respeita as mulheres”.
“Eu acredito que nós devemos cuidar das mulheres”, afirmou. “Eu recebi informações de que há cinco homens para cada mulher aqui. Se isso for realmente verdade, então talvez seja uma oportunidade para mulheres solitárias”, completou.
Localizada a 1.829 km de Brisbane, Mount Isa tem uma das maiores minas subterrâneas do mundo.


Fonte: BBC Brasil

Uma visita a Colniza, a cidade mais violenta do Brasil


Por Felipe Milanez


Esquecido pelas autoridades federais, o município de Colniza foi agraciado com o prêmio de "cidade mais violenta do Brasil". Uma terra onde propriedade se ganha na violência e na corrupção, e as árvores amazônicas não passam de metros cúbicos de madeira à espera de serem cortados e vendidos


Reflexivo, o madeireiro sentado ao meu lado na mesa do bar, junto do fotógrafo Araquém Alcântara e do sertanista da Fundação Nacional do Índio (Funai), Pedro Rodrigues, é magro, tem 54 anos, cabelos grisalhos, um jeito simpático, meio dissimulado, e um tranqüilo sotaque mineiro.


Com algumas cervejas, ele, Júlio Pinto, baixa a guarda que adotara no início da conversa, desconfiado de nossa presença na cidade. E se dá a falar particularidades da vida, como a relação que tem com um filho deficiente, a tristeza que sente desde que foi largado pela esposa, e sobre seu pai, Renato Pinto, a quem considera um homem sábio. "Meu pai me diz isso desde pequeno: 'Aqui na Amazônia, terra não tem dono, mulher não tem honra, homem não tem palavra e árvore não tem raiz'."Naquele bar, no fim de mundo que é o distrito de Guariba, no município de Colniza, no Mato Grosso, quase 1.110 quilômetros distantes da capital, a máxima paterna é recebida como uma lição de moral inquestionável. Pedro, nosso guia, era ameaçado de morte, e nós estávamos a seu lado. Todos ficam quietos na mesa.


Afinal, esse madeireiro já tinha dito, com o peito cheio, que carregava 18 processos criminais nas costas. Na intenção de se mostrar sincero, fitava nos olhos, era atencioso.


Até deixou transparecer um orgulho que sente desses processos que responde na Justiça, como para deixar claro que defende com a própria vida a terra que seu pai diz ser da sua família.


Seu pai, a quem ele sempre se refere com admiração, é acusado pelo Ministério Público Federal de cometer crime de genocídio contra os índios dentro da área de sua fazenda.


Dizendo estar há quase três décadas lá, a família Pinto hoje é temida e respeitada em Colniza. Quase toda sua propriedade está sendo reivindicada pela Funai, desde o fim de 2006, para se tornar terra indígena. Como estávamos sendo guiados por um sertanista, parte oposta nesse processo, era natural a apreensão de Júlio Pinto.


Colniza, esquecida pelas autoridades federais, foi agraciada com o prêmio de "cidade mais violenta do Brasil" pelo Mapa da Violência, uma pesquisa feita pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e divulgada no início de 2007.


A pesquisa, de 2004, contabilizou a média de 165,3 assassinatos por 100 mil habitantes, mas o número é efêmero. Afinal, Colniza tem só, oficialmente, 11,5 mil moradores, segundo o Censo de 2000, contando a área rural. De 2004 pra cá, se tornou a cidade que mais recebe migrantes no estado do Mato Grosso.Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 135% de 2000 a 2007. Hoje, fala-se em 30, 40 mil habitantes. Cartazes nas ruas esbanjam dizeres - "Venha para Colniza, apoio para todos", "Em Colniza, plantando, dá".


Mas o aumento do preço das commodities no mercado internacional deixou a cidade como uma fronteira a ser invadida, gerando grande oferta de emprego e elevando a taxa de desmatamento em 107% com relação ao ano passado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).


Com a mão-de-obra, a disputa por terras também aquece. Pelo que tem sido recolhido de corpos em cemitérios clandestinos em operações recentes da Polícia Federal, e pelo que se comenta na cidade, o número apontado na pesquisa da OEI não faz jus à realidade. Um senhor chamado Piauí, 60 e poucos anos, dono de um bar no distrito de Guariba, dá a dica: "Isso só conta quem morreu no hospital da cidade.


Mas quase ninguém morre no hospital. Grileiro mata grileiro é no campo. Lá sim que morre gente". Em Colniza, notícia fresca se pega em bar e hotel, onde as pessoas passam e as conversas ficam.


Difícil quantificar as mortes, mas inegável é que existam em número assustadoramente elevado."Em Colniza não se faz muita ameaça.


Quando sujeito descobre que tem gente contra ele, já está morto", explica, didaticamente, o madeireiro Pinto na mesa do bar. Antes de nos encontrar, Pinto já havia sido informado de nossa presença desde que começamos a viagem. Gente da imprensa, fotografando caminhões de tora, queimadas, locais de assassinato, tudo isso chama a atenção dos transeuntes. Imprensa só vai lá com proteção da polícia, e esse não era o nosso caso. Ao contrário: Rodrigues, nosso companheiro de viagem, era persona non grata. Mas, além de me convidar educadamente para conhecer o seu plano de manejo sustentável, a sede da sua empresa, e pedir para que falássemos bem da cidade, o madeireiro desejava desfazer um "mal-entendido" sobre uma ameaça de morte contra um funcionário da Funai, que trabalhava com Rodrigues.


"Se alguém aqui fosse ameaçar, o senhor sabe o que já teria acontecido com ele. Isso é boato que esse funcionário mesmo criou.


E você, Pedro", diz, fitando o sertanista nos olhos, "é presa fácil, tem muita gente querendo te comer vivo, mas nós vamos resolver nossa briga na Justiça. No final de tudo, lá dentro da terra, daí, sim, vai ser só eu e você. E eu só saio de lá morto".Olhando de fora, um recém-chegado demora para perceber o clima de violência que permeia o ar. As pessoas desviam o olhar.


Não há roubo ou assaltos por ali - uma mochila nossa esquecida na rua não foi tocada por nenhum transeunte nas quatro horas em que ficou à deriva.


São 13 farmácias, oito sorveterias e um número flutuante de prostíbulos. A cidade é cheia de bares com mesas de sinuca. Há poucos campos de futebol. A grande loja local de motosserras se chama Corta-mato.


Colniza parece plenamente urbanizada, ainda que só quatro ou cinco ruas sejam asfaltadas. Lá, nome é apelido, e papel é documento.


Nome registrado em cartório ninguém gosta de falar. Já não gostam muito de "cartório", que é o entrave para transformar as terras em propriedade privada.Também não gostam de quem vem de fora porque sabem que, se chegou para passar só alguns dias, não vai respeitar a regra local do silêncio.


Por essa razão que o simpático madeireiro veio até a nossa mesa. "Vim dizer para o senhor escrever uma matéria falando bem daqui, porque eu estou cansado dessas que saem por aí dizendo que aqui é violento, sem que os repórteres sequer visitem a cidade para se informar." Pedi para me ajudar a entender o local, e perguntei para ele o que eu poderia falar bem dali.Tentou explicar os planos de manejo que possui nos seus 54 mil hectares, que é a autorização do Ibama e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para explorar a floresta. Quase toda a propriedade está dentro de Terra Indígena Kawahiwa do Rio Pardo, e em litígio.


Sobre isso, tendo em vista que os planos de manejo exigem uma metodologia complexa de exploração, ele preferiu resumir: "Quero preservar a floresta, e o único meio de trazer progresso para cá é vendendo madeira". Mas e quando ela acabar? "Daí a gente vai embora, porque não vai ter mais nada para fazer aqui."Certamente, sem madeira não haverá mais nada.


O solo em alguns lugares já parece um deserto, seco e coberto apenas por areia. A produção de gado é ínfima. E, enquanto houver metro cúbico de madeira na floresta, vai ter alguém para serrar.


Cada hectare pode render R$ 5 mil no comércio ilegal. Em fazendas com 50 mil, 200 mil, 400 mil hectares, as contas passam dos bilhões de reais. É muito dinheiro, e não faltam compradores. Um documento, um calhamaço de 200 páginas, preparado por um grupo de madeireiros da empresa Coprocentro, em que denunciam seus concorrentes ao Ministério Público Federal, explica a rota da exploração da floresta.A madeira é serrada na região - na beira da rua única de Guariba, há seis madeireiras; segue-se então para Machadinho d'Oeste, em Rondônia, onde, mais uma centena de quilômetros em estrada de terra depois, chega-se à BR-174, asfaltada, para então seguir a Curitiba, no Paraná, e ao destino final, o porto de Paranaguá, de onde são exportadas. Algumas madeireiras também negociam um volume grande para os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, e um outro tanto segue para a Europa e Estados Unidos via porto de Belém, no Pará.


Mas são porcentagens pequenas comparando-se ao que segue para a China.Segundo investigações da polícia Federal e do Ministério Público (MP), algumas madeireiras trabalham em um pool de empresas criado somente para vender para a China. Uma das maiores entre as investigadas é a holding Marinebox, que vende para uma das maiores compradoras chinesas, a Shanghai Anxin Floor, que produz piso no aquecido mercado imobiliário chinês.


"Ou seja, as árvores nobres da Amazônia são exportadas para virar chão de luxo na China", diz uma fonte do MP. E nesse processo, além da destruição ambiental, é financiado um dos maiores esquemas de corrupção e violência do Brasil.


O metro cúbico da madeira de lei é vendido a R$ 10, um preço considerado ridículo que só é possível em razão da ilegalidade de todo o processo. Para se ter uma idéia, o preço médio do metro cúbico do eucalipto custa R$ 18. Numa média real do mercado, essas toras nobres deveriam sair por bem mais de R$ 100. Pelo porto de Paranaguá, só a Marinebox exporta mais de 400 contêineres por mês de madeira.


É muita árvore que cai por motosserras compradas na Corta-mato. A Marinebox se autoproclama "a maior agência exportadora de madeira da América Latina". Possui sedes em Paranaguá, Curitiba, Ji-Paraná e Belém, e fornecedores no Pará, Mato Grosso e Rondônia. As madeiras comercializadas são cerejeira, ipê, massaranduba e jatobá, entre outras.


Em geral, para disfarçar as madeiras que são proibidas de serem vendidas, como o mogno e a castanheira, atribuem-se a elas outro nome na nota fiscal.Um engenheiro florestal que pediu para não ser identificado por sofrer ameaças de morte explicou como funciona o esquema, visto com o olhar de um funcionário responsável por colocar no papel os chamados Planos de Manejo Florestal Sustentável. "Fazem um plano dividindo a área de que conseguiram documentos em 25 unidades, como manda a lei.


As outras áreas eles abrem para grileiros entrar e virar seus fornecedores", diz. Esses pequenos grileiros vendem toras para as serrarias, onde a madeira, tanto do plano como essas outras, são "lavadas" subornando o pessoal local do Ibama e da Sema. Das serrarias, segundo ele, ou comercializam direto as pranchas de madeiras por suas empresas ou revendem para um grande comerciante de Rondônia, que ele prefere, mesmo sob absoluta insistência, não citar o nome.Mas colniza está sendo investigada também por seus crimes que vão além da extração ilegal de madeira.


Volta e meia, a Polícia Federal manda agentes à paisana para lá. Aparecem como migrantes comuns, em busca de emprego. Um agente da Polícia Federal, junto de funcionários da Funai e do Ibama, confessou: "Se for menos de 70 quilos de cocaína, não vale nem a pena o deslocamento. Nós só conseguimos trabalhar com quantidades realmente grandes, que é o que passa mesmo por Colniza". É possível sair da Bolívia e cruzar o Brasil até a BR-163 apenas em estradas de terra, sem passar por nenhuma fiscalização. Mas o meio preferido dos traficantes é o aéreo. Utilizam as pistas das madeireiras ou os longos trechos da estrada em linha reta para deixar a droga para algum receptador.


Muitas vezes dá certo. Outras não.Em abril deste ano, um grupo de três garimpeiros, andando pela região, viu um avião descer e, logo em seguida, subir. Sabendo do esquema, eles foram até a beira da estrada e encontraram 75 kg de cocaína. Colocaram nos seus jamanxins - mochilas feitas de palha - e carregaram para vender no Amazonas. Em um dos piores trechos da estrada MT-206, que era só areia, um cerrado escaldante no meio do que seria a Amazônia, topamos com um caminhão frigorífico de aparência suspeita, protegido por dois times de batedores, uma dupla em uma moto e outra em um Fiat Uno.


Estávamos fotografando uma casa destruída, que foi incendiada em junho passado. Segundo relatos, uma família havia sido assassinada ali e os corpos foram deixados para os porcos comerem. Restou no local o esqueleto da casa e alguns porcos soltos. Os batedores da moto, percebendo algo de errado no caminho do transporte, pararam para conferir quem éramos. Pediu água, fitou-nos nos olhos, um a um, enquanto seu companheiro dava a volta pelo outro lado do carro, ambos com revólveres na cintura.


Eu gaguejava, Araquém, o fotógrafo, abaixou a câmera, e Pedro, o sertanista, explicou que estávamos indo para Rondônia sem dizer quem éramos ou o que fazíamos. E nada mais foi falado. O sujeito, cerca de 35, 40 anos, braços fortes, vestindo uma bermuda e uma camiseta regata, boné na cabeça, olhos escuros, pele clara e uma aparência mal encarada, agradeceu a água e disse: "Ok, vocês podem ir, obrigado pela água".


Não há assassinatos em Colniza, dizem. "As pessoas morrem, só isso", explica um simpático sujeito hospedado no Hotel Vitória.


Nos corredores, cruzamos com os agentes da Polícia Federal que vieram para a intitulada Operação Ouro Verde.


Tranqüilos, chinelos, bermudas e coletinhos pretos com os dizeres em amarelo - Polícia Federal. "Aqui ninguém é assassinado. Gente morre. Só isso. E ninguém diz mais. Não fala de que morreu, nem porque foi morto. Se morreu, não existe mais", explica o hóspede. Não dá para esquecer as talvez sábias palavras do pai de nosso companheiro de copo: "...homem não tem palavra".


Logo, não há por que indagar testemunhas.Em Guariba, o único hotel da cidade, o Hotel Dias, é inteiramente feito em madeira, como quase todas as construções locais. A fachada parece ter sido importada de algum cenário de velho oeste norte-americano. É uma réplica ironicamente impecável, que enche de orgulho sua dona, Dorothy. Estabelecida ali há nove anos, vinda da cidade de Londrina, no Paraná, Dorothy diz que está no paraíso.


"Não acho aqui violento, violento mesmo é Curitiba", diz, sem titubear. "Mas aqui a gente tem que saber viver. Muita gente passa aqui, fico sabendo das coisas, mas não me meto", explica. Em seu hotel, ficam hospedados funcionários dos órgãos públicos, gente da Funai, Ibama, Incra. Vários deles ameaçados de morte.


"Prefiro não saber. Peço até para não me avisarem se vão vir ou não. Mas aqui dentro nunca houve nada", afirma.Em Colniza, um dos mais ilustres moradores da cidade me conta: "Eu não acho que isso aqui seja tão violento assim". Seu Dino, dono do Bar e Restaurante Seu Dino, quase 70 anos, diz saber do que fala. "Antes de vir para cá, eu vivia em Cerejeiras, em Rondônia. Lá sim era barra-pesada.


Eu trabalhava numa marcenaria. Em 21 dias tive que fazer 49 caixões. Tava tudo muito agitado, muita gente matando muita gente por terra, ninguém tinha documento de nada. Resolvi sair de lá e procurar um lugar mais calmo e vim parar aqui." Ele é atencioso. Gosta de falar, e fala sem pudor, mas nada que comprometa a ponto de se caracterizar denúncia. Então o senhor veio parar aqui em Colniza em busca de paz? "De paz não, mas de trabalho, de um modo para ganhar dinheiro. Mas, do jeito que andam as coisas aqui, eu já quero sair.


Tá ficando como lá em Cerejeiras quando me mandei." Papo vai, papo vem, ele se solta: "Aqui não tem lei, você precisa divulgar isso. E ninguém faz nada para melhorar. Ninguém do governo se importa. Essas operações da polícia não mudam nada".O tempo passa diferente em Colniza. As histórias de um passado próximo se tornam distantes na gramática local. Quando se ouve os relatos dos assassinatos pela primeira vez, a imagem que vem à cabeça é de algo que aconteceu na segurança do pretérito perfeito.


Por exemplo, o caso do assassinato da família na margem da MT-206, ocorreu em abril, mas quando falam dele parece algo de tempos distantes. A ocupação de Colniza foi intensificada apenas em 1999, um ano depois de a área virar cidade, desmembrada do antigo e gigantesco município de Aripuanã - uma ação no Supremo Tribunal Federal contesta a criação do município por fraudes.


No mapa do Brasil de 2005 estampado na parede do Hotel Vitória, a cidade nem aparece. Simplesmente não existe, é só uma mancha verde.As lendas de bandidos famosos na região enriquecem o imaginário local, e não é difícil juntar histórias por ali. Há o tal Gauchinho, gerente de uma fazenda, assassinado no início deste ano, que se dizia "o juiz, o promotor e o advogado". Há cerca de cinco anos, Gauchinho acertou as contas com um sujeito na cidade.


Como ficou por isso mesmo, ele não deixou de freqüentar o local e até ficou amigo do filho do morto. O garoto acumulou a raiva até completar 17 anos de vida. Em maio de 2007, como costumava fazer, saiu para tomar uma cerveja e jogar sinuca com Gauchinho. Na volta, deixou Gauchinho se distanciar alguns passos e deu três tiros pelas costas, no meio da rua. Aproximou-se da vítima, caída no chão, e desferiu mais 13 facadas. Largou o corpo e foi para casa se banhar. Contas acertadas, ninguém fala mais sobre isso. Virou história de Colniza.


O Jesse James local é um bandido fino e popular que atende pelo vulgo Manoel Cumprido. Um elemento alto, pele morena, cabelo enrolado, simpático, que não chegamos a conhecer pessoalmente porque, diz-se, está escondido em algum lugar do Amazonas. Todos que falam de Manoel Cumprido o fazem com um sorriso no rosto ao lembrar de suas façanhas. "Só não escreve aí que fui eu que disse isso, porque o Manoel tá vivo e pode vir aqui me pegar", dizem. A ficha de Manoel Cumprido na polícia é longa, mas a lenda local é maior - e com um ar mais romântico.


Manoel Cumprido cresceu sozinho. No início da carreira, foi o pistoleiro de grandes grileiros. Fazia o serviço de "acertar as contas com funcionários". A fama de temido fez com que passasse a buscar o apoio popular. Um ex-seringueiro diz que o cabra, de hora para outra, passou a ser simpático com o povo. "Ele entrava no puteiro e gritava: 'Ninguém sai, ninguém entra, podem beber à vontade e se divertir com as moças que é tudo por minha conta!'." O ex-seringueiro diz que, ao escutar esse grito, que ouviu umas quatro vezes, saía de fininho. "Mas parece que a coisa ficava animada. Agora, se alguém saísse sem ele deixar, ele mandava matar ali mesmo, na porta."Ouvindo essas histórias, Júlio Pinto, no bar em Guariba, solta gargalhadas.


"Grande Manoel, ele é uma figura." Copo cheio, gole fundo, ele começa a contar mais sobre a saga do Jesse James brasileiro na Tombstone da Amazônia. "Nunca ouvi falar de cartão-postal em Colniza, mas um dia o Manoel fez um. Era uma foto com um baita diamante, grandão, meio rosa, que ele dizia ter encontrado numa de suas terras." Essa história, confirmada pelo Ministério Público Federal, aconteceu no ano de 2004, logo após o massacre, por índios cinta-larga, de 29 garimpeiros em uma terra indígena na região.


Os garimpeiros estavam à procura de um garimpo, e Manoel apareceu com a solução. Júlio continua: "Ele distribuiu esse cartão- postal por tudo quanto é lado e disse: 'R$ 10 mil reais para entrar lá'. E foi um corre-corre danado, apareceu muita gente. Todo mundo pagou, entrou e, no final, era blefe! O garimpo era uma furada. E quem iria cobrar o dinheiro?".Segundo outra máxima sábia de Colniza, o pistoleiro profissional é sempre um homem elegante para os padrões locais. Sujeito calmo, dizem que pode até tomar um tapa na cara em um bar que não vai reagir na hora. Na hora, é preciso frisar, pois logo depois o sujeito ousado pode aparecer morto. São respeitosos, falam pouco, a voz é mansa.


E são cristãos. Não largam a cruz. Nem ela nem as modernas pistolas que carregam. Por ali, o revólver calibre 38 é equipamento de segunda categoria.Há poucas mulheres nas ruas de Colniza, mas quando aparecem em público elas têm poder. Quem primeiro mandou na cidade foi uma prefeita: Nelci Capitani (PFL). A chefe da Associação dos Pequenos Agricultores, conhecida como a associação dos grileiros, é uma mulher. À boca pequena, comenta-se que ela tem o pulso tão firme que mandou matar o marido no ano passado. "O marido dela morreu de forma meio estranha, tem boatos de que foi ela quem mandou matar.


Mas isso tudo é normal aqui", me conta um freqüentador do restaurante do seu Dino. Mas política em Colniza não acontece muito nos lugares convencionais. Perguntando pela cidade, ninguém sabia me dizer quem era o prefeito "do momento". Prefeito não dura muito no cargo. No ano passado, Sérgio Bastos (PMDB), o Serjão, foi afastado pelos vereadores. O vice-prefeito Adir Ferreira de Souza, sem partido, assumiu. Bastos conseguiu voltar, mas foi em seguida afastado novamente, dessa vez pelo juiz de direito - em 2005, o Tribunal de Justiça do Estado (TJ) mandou um juiz para a cidade. Adir saiu, voltou. Saiu novamente, depois que o TJ reconduziu Bastos ao cargo.


Na Câmara de Vereadores, houve briga para tentar assumir. José Luiz de Paula (PP), presidente da Câmara Municipal, que em uma dessas alternâncias teve a chance de assumir a prefeitura, foi seqüestrado e espancado. Não se sabe ainda se o seqüestro foi real ou planejado. Está sob investigação.


O descrédito popular aos representantes legislativos é tanto que seu Dino, que já foi vereador, diz temer até pisar na Câmara. "Última vez que eu tive lá foi uma briga tremenda. Era cadeira voando, gente pulando em cima da mesa, saindo pela janela, daí começou um tiroteio. Eu é que não entro lá nem pra ver", conta.Uma das principais denúncias que chegaram ao Ministério Público Federal sobre Colniza foi feita, ironicamente, pelos próprios madeireiros. Uma briga de poder deflagrada entre as grandes famílias faz com que uma acuse a outra. E, nisso, quem se fortalece é o Poder Público - a última estância a que podem recorrer. Os madeireiros da Coprocentro representaram criminalmente a família Spinelli de uma série de ilegalidades.


A recente Operação Ouro Verde 2 chegou a indiciar o filho de Ubiratan Spinelli, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Rodrigo Spinelli. Mas a quem interessa colocá-lo atrás das grades? Ao Brasil e à floresta ou aos madeireiros concorrentes? "O Estado não tem como enfrentar isso", assume Mário Lúcio Avelar, procurador da República no estado do Mato Grosso. "Mas não podemos negar que o Estado existe, sim, em Colniza. Por exemplo, na aprovação dos planos de manejo.


Mas o Estado que existe é o Estado comprometido, que não fiscaliza, corrompido. O plano de manejo e a madeira saem porque o Estado autoriza, pelo menos parte disso. É o Estado corrompido", diz.O próprio representante do MP assume que nunca esteve na região, e afirma categoricamente que nós assumimos risco de vida indo para lá sem proteção. Ele e várias outras pessoas entrevistadas pela reportagem pediram para eu perguntar à ministra Marina Silva o que ocorre com o Ibama, que autoriza o desmate na região.


Acusam a imprensa de ser omissa e o Estado de ser corrupto e só servir aos interesses exploratórios. Várias pessoas com quem falamos para esta reportagem estão sob ameça de morte - algumas chegaram a ser claramente ameaçadas na nossa frente. Mas se na Amazônia homem realmente não tem palavra, eles podem estar salvos. Porque uma coisa é certa: as árvores que oxigenam o mundo não possuem mais raízes em Colniza.

Aves migratórias têm "GPS" no cérebro, diz estudo


Os pardais de coroa branca são capazes de encontrar novamente sua rota migratória mesmo depois de terem sido transportados de avião para milhares de quilômetros de distância do local onde vivem. A informação de uma pesquisa divulgada nos Estados Unidos. Pesquisadores capturaram 30 pardais de coroa branca quando estavam em plena rota de migração do Alasca, onde se reproduzem no verão, até o sudoeste dos Estados Unidos e o norte do México para passar o inverno. As aves foram então transportadas no interior de gaiolas em um avião, que saiu de Seattle, no noroeste dos Estados Unidos, para Nova Jersey, no leste, a 3.700 km de distância, na costa leste do país. Os pardais foram soltos alguns dias depois, com minúsculos transmissores de rádio instalados nas patas pelos cientistas. Rumo Os pesquisadores então acompanharam as aves, primeiro no solo e depois em pequenos aviões. A equipe constatou que 15 pardais adultos souberam nos três primeiros dias após terem sido libertados que deveriam voar para o sudoeste, enquanto 15 pardais jovens, que nunca haviam percorrido a rota migratória, voaram na direção sul. Isso mostra que as aves são programadas para voar nesta direção em sua primeira migração, concluíram os pesquisadores, em estudo foi publicado nos PNAS (Anais da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, na tradução para o português). Memória O fato dos pássaros adultos terem "sabido" se orientar para o sudoeste, apesar do desvio lateral de 3.700 km, levou os cientistas a pensar que as aves são capazes de memorizar um mapa global de navegação a partir de suas migrações anteriores. "Nossa experiência indica que o mapa de navegação aérea dos pardais adultos engloba pelo menos o conjunto dos Estados Unidos, o que lhes permite efetuar as correções necessárias para encontrar seu rumo rapidamente", explicou Kasper Thorup, biólogo da Universidade de Princeton, principal autor do trabalho. Os pardais de coroa branca voam em geral sozinhos e à noite em sua longa migração. Fonte: France Presse

sábado, 18 de octubre de 2008

UM SONHO NA CASA DA COLINA

Em uma noite que julguei qualquer eu me deitei, dormi e você veio...Encontramos-nos em uma cabana... simples com um lago de águas claras. Longe de muitos e pertinho um do outro. Muito verde nos cercavam, um jardim muito bonito, pássaros e borboletas passeavam pelo lugar. Tudo parecia tão real, acontecia tudo de verdade.Incrível como era peculiar... Como se tudo fosse preparado para marcar para sempre nossas vidas. Nosso amor, nosso desejo pareciam insaciáveis, como se fossemos único. Queríamos as mesmas coisas, falávamos a mesma língua, sentíamos a mesma felicidade. Um brinde à força da nossa paixão!Conversávamos, ríamos nos amávamos no decorrer de todo o dia: na cama, no jardim, no píer, nadávamos nus, livres de nós mesmos.O sol durante o dia e a lua durante a noite eram nossos cúmplices, nossos aliados e a tudo assistiam. Aqueles momentos pareciam eternos, sem hora marcada para terminar... Aqueles momentos pareciam durar para sempre, sem ninguém para nos incomodar...Ah aquela casa, aquela colina, tão real, tão natural! Como diz a uma música: Eu sei que os sonhos são pra sempre!Se você existe... meu sonho é real.

martes, 14 de octubre de 2008

O SORRISO




Pode ser grande ou pequeno escancarado ou sereno o que importa é não faltar nunca um sorriso no olhar.

Na manhã de sol na tarde de chuva na noite que cai na madrugada que se vai.

Sorrindo você chega antes pra esperar um sonho pra cantar a vida e brilhar.
Não deixe nunca de sorrir e sonhar.

Ele enfeita semblantes suaviza tristes expressões é o sorriso quem comanda os fantoches do coração.

Tere Penhabe
Itanhaém, 26/03/2003

domingo, 12 de octubre de 2008

SEXO VIRTUAL



A Internet causou um frenesi nos relacionamentos interpessoais na última década. Por um lado, a rede mundial de computadores facilitou a comunicação: emails, blogs, salas de bate-papo permitem que se entre em contato com pessoas de diversos países em tempo real, de um modo muito mais ágil do que era possível antigamente. Sem contar a possibilidade de se conhecer pessoas com interesses comuns. Listas de discussão e comunidades virtuais são exemplos desse meio de aproximação.



Contraditoriamente a essa sensação de proximidade com os outros, o mundo virtual também contribuiu para que as pessoas se afastassem na vida real. Se antes nós matávamos a saudade dos amigos com um encontro em um barzinho ou em uma festa qualquer, hoje nos contentamos com um "encontro" pelo messenger para pôr os assuntos em dia. A mesma coisa ocorre com as novas amizades ou transas.

Antigamente, o romance só era possível com o olho no olho. Hoje, há quem se relacione sem ao menos ter visto a pessoa - como é o seu caso. Assim é mais fácil viver "fantasias" - no meio virtual não é preciso assumir a personalidade "real". Se você é tímida e "certinha", por exemplo, pode pôr para fora o seu lado mais liberal, já que pode estar protegida sob um pseudônimo.

A ausência de vínculo dilui o receio de sofrer julgamentos, críticas ou mesmo de abalar o relacionamento. Não há por que temer alguém que você não tem nem certeza que existe, certo? Sem entraves é mais fácil extravasar: você não precisa se conter frente à preocupação de "o que ele vai pensar de mim" ou "ele vai se assustar se eu disser isso ou aquilo".

"A AUSÊNCIA DE VÍNCULO DILUI O RECEIO DE SOFRER JULGAMENTOS, CRÍTICAS OU MESMO DE ABALAR O RELACIONAMENTO. NÃO HÁ POR QUE TEMER ALGUÉM QUE VOCÊ NÃO TEM NEM CERTEZA QUE EXISTE, CERTO?"

Com o namorado real, o quadro muda completamente. Vocês provavelmente já criaram expectativas em relação ao outro e o relacionamento, sem dúvida, demanda mais esforço para sobreviver. Não basta simplesmente se encontrar eventualmente em um chat de bate-papo. É necessário contornar a rotina para não cair na mesmice; saber lidar com os defeitos e as limitações do parceiro; superar brigas, desentendimentos, ciúmes; além de manejar as cobranças que surgem pelo caminho. Ou seja: o prazer acaba sendo apenas uma parte de um todo muito mais complexo do que um encontro sexual fugaz.

Com o seu companheiro virtual, impera a fantasia. Nas suas conversas você pode dar vazão a todos os desejos reprimidos, funcionando como válvula de escape. Acontece que não dá para simplesmente colocar a realidade de lado. Você precisa encará-la e descobrir o que está barrando a possibilidade de obter prazer "ao vivo". As possibilidades são inúmeras: pode ser o desgaste do relacionamento, uma inibição sua ou a falta de sintonia com seu namorado, por exemplo. Mas só você pode descobrir. Então, aceite uma sugestão: tente trazer alguns elementos desse prazer virtual para sua vida real e "pagar para ver" o que acontece com o namorado. Não é uma opção melhor do que chutar uma relação para o alto sem nem saber onde está pisando?

"Muita gente estranha quando eu digo que estou inscrita em um site de namoro. Sei que a maioria pensa: 'Ah, coitada, teve de ir para a internet porque está encalhada'. Pois eu digo: isso é ridículo. Nunca fiquei encalhada ou sem namorado na minha vida. O que ocorre é que eu simplesmente cansei de dar tiro n'água. Cheguei a um ponto em que não tenho mais idade nem paciência para ficar contando a história da minha vida ou tentando mostrar quanto sou legal para um zé-ninguém que eu tenha conhecido em um bar. Pela internet, consigo peneirar exatamente as pessoas que procuro, que pensam como eu, que querem o mesmo que eu."
ESTHER JAGOSEHIT, executiva, 30 anos (Foto Claudio Rossi)


Entenda a crise mundial dos alimentos


Para especialistas, não é possível eleger um único 'vilão' para a crise.

Organismo de alimentos da ONU aponta principais fatores.

Os alimentos estão mais caros e, no mundo todo, o tema deixa autoridades em alerta e esquenta debates em torno das possíveis causas para a escassez de comida.



Para explicar a crise atual, no entanto, não é possível eleger um “vilão” específico. Segundo especialistas, são muitos os fatores que culminaram no cenário de inflação agravado desde o começo do ano.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas, a falta de alimentos ameaça como um "tsunami silencioso", e pode afundar na fome 100 milhões de pessoas.



De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação (FAO) os principais fatores que influenciam a alta dos preços dos alimentos são o aumento da demanda, a alta do petróleo, a especulação e condições climáticas desfavoráveis. Há controvérsias sobre a dimensão da responsabilidade dos biocombustíveis, cujas matérias-primas (cana, milho e outras) disputam espaço com culturas destinadas à produção de comida. Saiba mais sobre cada um desses fatores:

Mais demanda, menos oferta



A população mundial está comendo mais. Especialmente nas economias que têm registrado maior expansão, como a da China, que tem 1,3 bilhão de habitantes. Com mais gente comprando, vale a lei da oferta e da procura: os produtos se valorizam no mercado e ficam mais caros.

Alta do petróleo


O preço do barril de petróleo vendido em Nova York e em Londres tem, sim, relação direta com a escalada do valor dos alimentos, já que a agricultura demanda grandes quantidades do óleo, seja no maquinário, tratores, uso de fertilizantes ou transporte, até esse produto chegar ao consumidor.



“O aumento no petróleo também faz com que o preço final dos alimentos fique mais caro”, diz Francisco Carlos Teixeira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ele, o preço do barril influi diretamente nas commodities agrícolas em duas pontas: na produção e na distribuição.



“Hoje, a agricultura é totalmente industrializada e depende em boa medida do petróleo, usado como matéria-prima para uma série de produtos, como defensivos agrícolas e químicas de preparação da lavoura. Além disso, também movimenta os veículos que transportam as safras agrícolas”, diz Teixeira.

Especulação



Com a queda do dólar, investidores que ganhavam dinheiro investindo na moeda norte-americana migraram para a aplicação em outras commodities, como os produtos agrícolas.



Muitos fundos têm usado as bolsas de mercadorias para especular com a antecipação da compra de safras futuras em busca de melhor rentabilidade, o que também contribui para valorizar e o preço de commodities como o trigo e o arroz.



Segundo a FAO, os preços internacionais do arroz começaram uma escalada desde o início do ano, depois de subirem 9% em 2006 e 17% em 2007. O preço do produto subiu 12% em fevereiro e mais 17% em março, segundo o índice All Rice Price, elaborado pela entidade.

Condições climáticas


O clima é outro fator que reduziu a quantidade de alimentos produzida no mundo, segundo relatório da ONU divulgado na semana passada.



As condições climáticas desfavoráveis devastaram culturas na Austrália e reduziram as colheitas em muitos outros países, em particular na Europa, segundo a FAO.


Segundo as previsões da FAO, as reservas mundiais de cereais caíram para o seu nível mais baixo em 25 anos com 405 milhões de toneladas em 2007/08, 5 % (21 milhões de toneladas) abaixo do nível já reduzido do ano anterior.
Biocombustíveis?


"Os biocombustíveis são apenas uma gota no oceano desse cenário de aumentos”, diz a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Suzana Kahn Ribeiro.



Segundo ela, o caso do biocombustível é particular do etanol fabricado a partir do milho dos Estados Unidos. "O milho é uma cultura alimentar e, de fato, começou a haver um desvio da produção de milho com finalidade para alimento para a produção do etanol", diz.

Com a redução da oferta de milho subiu o preço dos derivados, o que começou um processo em cadeia; aumentou o preço da ração dos animais e, conseqüentemente, das carnes. "No Brasil (onde o etanol é feito a partir da cana-de-açúcar) a realidade é bem diferente; tanto que, no nosso histórico dos últimos 30 anos, aumentamos a produção não só de etanol, mas também de alimentos", diz.

martes, 12 de febrero de 2008

Video Secreto tentativa de INVASAO DO BRASIL pelo ESTADOS UNIDOS 2007


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Pergunta-se:
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1) Porquê uma base militar americana no Paraguai?
2) Porquê a imprensa brasileira (especialmente a Globo, já que é quase um monopólio) e latino americana em geral não noticiaram o fato?
3) O que podem os americanos terem levado para o Paraguai? Mísseis? Material atômico?
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Amigos ou eu tô exagerando, ou eu tô louco, ou a coisa tá muito preta.
Penso assim: o Brasil está em cima do aquífero guarani (o maior do mundo),tem a quinta maior reserva de urânio do mundo e a Amazônia está na mira dos americanos há muito tempo. Por muito menos invadiram o Iraque, passando por cima da oposição da França, da Alemanha e da Rússia. A oposição desses países europeus se deve certamente ao fato de que já notaram que a máfia maçônica e de ultra direita instalada no Governo americano e na CIA já está colocando em prática seus planos de dominação elaborados desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Alguém pode pensar: nossa que exagero!
Daí eu pergunto: por acaso você viu alguma coisa na imprensa brasileira a respeito da base militar americana no Paraguai?
Esse silêncio me assusta. Eu só vi uma nota muito pequena no "site" da Folha de São Paulo noticiando um discurso de Fidel Castro, onde o governante cubano, inegavelmente lúcido, fala sobre o assunto com grave veemência.
Se você preferir entra no seguinte link:
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u86136.shtml

lunes, 11 de febrero de 2008

Toda Boa - Psirico ( Coreografia Swing Muleke - Uberlandia )



A melhor coreagrafia dessa musica é essa ai .. show de bola ameiii.. parabensssss! nota 1000

sábado, 9 de febrero de 2008

Mulher Brasileira disputa eleição da música do Carnaval

Uma das músicas mais executadas nesta Carnaval é a Mulher Brasileira [Toda Boa], composta por Márcio Victor e J.Telles e interpretada pela banda Psirico. Ela é uma das fortes concorrentes ao título de música da maior festa popular do mundo.
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Márcio Victor, cantor intérprete da canção, faz votos de que ela seja a escolhida, inclusive para provar que chegou a vez do pagode ser reconhecido no carnaval de Salvador.

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Além disso, a letra ressalta a beleza da mulher brasileira, independente do tipo físico que possua.
As estrelas do axé aderiram ao ritmo contagiante da canção e a incluíram no
repertório, como é o caso de Ivete Sangalo, que cantou a música durante seu show no Festival de Verão e deverá executá-la também durante a folia.
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Mulher Brasileira está na lista das cinco músicas mais executadas nas
rádios da Bahia.
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Escutem aqui:
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Coisas do Brasil - BOLO DE CÔCO GELADO

INGREDIENTES:
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* 1 pacote de massa de boloRecheio:
* 1 vidro de leite de coco
* 1 lata de leite condensado
* 1 lata de leiteCobertura:
* 1 pacote coco ralado (100 g)
* 1 lata de creme de leite (2 caixinhas)
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MODO DE PREPARO:
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1. Prepare a massa do bolo conforme o modo de fazer.
2. Leve a forno.
3. Bata todos os ingredientes do recheio no liquidificador e despeje em cima do bolo quente (furando ele todinho com garfo).
4. Deixe o bolo esfriar.
5. Em uma vasilha separada misture o coco ralado e creme de leite (se achar que está sem doce coloque 1 colherzinha de açúcar), jogue por cima do bolo frio e espalhe com a colher.
6. Tampe com papel alumínio e leve na geladeira.
7. Para que fique mais gostoso, faça de um dia para o outro

viernes, 8 de febrero de 2008

Baile Funk BRASIL


Le Baile funk est un style musical brésilien, équivalent de la Miami Bass version favela de Rio de Janeiro. il fut créé vers la fin des années 1980 s'inspirant directement du son Miami et y collant des paroles en portugais.
Comme toutes les musiques de
ghetto, on y retrouve différents styles et différentes revendications:
des revendications sociales (que l'on retrouve sur les morceaux
rap) ;
des textes à connotation sexuelle marquée, appelés Putaria ;
des morceaux faisant l'éloge des
gangs (il y a trois gangs ennemis à Rio qui contrôlent les favelas : C.V, T.C et A.D.A) que l'on appellent proibidões ;
les montagems, sortes de remixs basés sur des
samples de chants ou de sons types tarentela italienne ou cuivres.
Il y a chaque fin de semaine à Rio plus de 400 bailes funks avec une assistance de près de 2 000 personnes en moyenne. C'est la musique la plus représentative des favelas de Rio. La production musicale est d'environ 50 morceaux ou versions par semaine.
C'est une musique difficilement accessible pour un novice, étant peu présentes dans les circuits commerciaux usuels, malgré la sortie récente de plusieurs compilations (Favela on Blast, Favela Sounds).

Gatinha Gostosa Pernão Sarado Brasileira Dançando Funk



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História do funk: do soul ao batidão


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O funk ganhou espaço na mídia brasileira há pouco menos de uma década, embora sua história tenha quase trinta anos. O nascimento deste ritmo, como a de muitos outros no Brasil, está intimamente ligado aos Estados Unidos.


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O pianista norte-americano Horace Silver, na década de 60, pode ser considerado o pai do funk. Silver uniu o jazz à soul music e começou a difundir a expressão "funk style". Nesta época, o funk ainda não tinha a sua principal característica: o swing. Foi com James Brown que o estilo tornou-se dançante e ganhou o mundo.


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A soul music foi trazida ao Brasil por cantores como Gerson King Combo, que lançou em 1969 o disco Gerson Combo Brazilian Soul, com sucessos brasileiros como Asa Branca executados com a batida importada dos Estados Unidos. Tim Maia, Carlos Dafé e Tony Tornado também começaram a tocar sucessos do soul e adotaram a atitude e o estilo americanos do Black Power, fundando o movimento Black Rio. A grande musa da época era a paulistana Lady Zu.


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Na década de 70 surgiram as primeiras equipes de som no Rio de Janeiro, como a Soul Grand Prix e a Furacão 2000, que organizavam bailes dançantes. Os primeiros bailes eram feitos com vitrolas hi-fi e as equipes foram, aos poucos, crescendo e comprando equipamentos melhores


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O legítimo funk carioca - A partir da década de 80, o funk no Rio foi influenciado por um novo ritmo da Flórida, o Miami Bass, que trazia músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas. Para os especialistas em música, o funk carioca não pode ser chamado de funk: é apenas uma derivação do Miami Bass.


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A partir de 1989, quando os bailes começaram a atrair cada vez mais pessoas, foram lançadas músicas em português. As letras retratavam o cotidiano dos freqüentadores: abordavam a violência e a pobreza das favelas. "Na época, o funk falava sobre as drogas, as armas, os comandos, mas artistas desta fase, como Claudinho e Buchecha, evoluíram para outros tipos de tema", afirma Ivo Meirelles, do Funk'n'Lata. Ao mesmo tempo que as músicas abordavam o cotidiano das classes baixas, alguns bailes começaram a ficar mais violentos e ser palco de "brigas de galeras", onde pessoas de dois lugares dividiam a pista em duas e quem ultrapassasse as fronteiras de um dos "lados", era agredido pela outra galera.


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A pressão da polícia, da imprensa e a criação de uma CPI na Assembléia do Rio de Janeiro em 1999 e 2000 acabaram com a violência em grande parte dos bailes, ao mesmo tempo que as músicas se tornaram mais dançantes e as letras, mais sensuais. Esta nova fase do ritmo, descrita por alguns como o new funk, se tornou sucesso em todo o país e conquistou lugares antes dominados por outros ritmos, como o Carnaval baiano. A Furacão 2000 continua uma das principais equipes de som e produtoras do mercado e hoje tem, ao lado de Rômulo Costa, uma nova cara: Verônica, sua mulher, que se descreve como a "Mãe Loura do Funk, glamourosa e purpurinada".

miércoles, 6 de febrero de 2008

lunes, 4 de febrero de 2008

Guaraná




O guaraná é natural da Amazônia e era utilizado pelo povos indígenas como estimulante e revigorante. Hoje em dia o uso da semente do Guaraná se alastrou como fitoterápico rico em cafeína e estimulante do sistema nervoso central.
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Além da cafeína, a semente do Guaraná contém amido, óleo fixo, ácidos cafeo-tânico e matérias aromáticas, resinosas e pépticas. O Guaraná também é usado como tônico geral e no combate ao estresse..


Guaraná contra o câncer

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Os pesquisadores do Laboratório de Oncologia Experimental injetaram células de melanoma, um tipo especifico de câncer de pele, nas veias de cinco camundongos.

As células se instalaram no pulmão dos animais.

Em seguida, todos receberam apenas guaraná em pó durante 14 dias.“

O objetivo foi avaliar o crescimento das células cancerosas no pulmão dos animais.

E elas se proliferaram bem mais devagar do que normalmente ocorre”, disse Heidge Fukumasu, pesquisador responsável pelo estudo, à Agência FAPESP

Fukumasu havia estudado anteriormente a relação.

No estudo anterior, depois de serem alimentados com guaraná durante 25 semanas, os animais, que estavam com tumores induzidos no fígado, foram sacrificados e examinados.

“Verificamos que nas cobaias tratadas com guaraná o número de lesões diminuiu. As células cancerosas também se proliferaram mais lentamente”, conta.
Outro experimento reforçou a hipótese do potencial quimiopreventivo.

Camundongos saudáveis foram primeiro tratados com guaraná e depois receberam a injeção para a indução de tumor hepático.

Quando analisados, constatou-se que havia menos lesões nesses animais em comparação a um grupo controle não alimentado com guaraná.

sábado, 2 de febrero de 2008

Humor do Fabio





Meu Brasil Brasileiro


Com dimensões continentais, uma mistura de raças, credos e costumes, o Brasil é, para a grande maioria dos brasileiros, uma terra ainda a ser descoberta.
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E, a melhor forma de fazer isso é viajando.

viernes, 1 de febrero de 2008

Drummond e o Modernismo Brasileiro


Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estréias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato herda a liberdade lingüística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas. Mas vai além. "A obra de Drummond alcança — como Fernando Pessoa ou Jorge de Lima, Herberto Helder ou Murilo Mendes — um coeficiente de solidão, que o desprende do próprio solo da História, levando o leitor a uma atitude livre de referências, ou de marcas ideológicas, ou prospectivas", afirma Alfredo Bosi (1994).
Affonso Romano de Sant'ana costuma estabelecer que a poesia de Carlos Drummond a partir da dialética “eu x mundo”, desdobrando-se em três atitudes:
Eu maior que o mundo — marcada pela poesia irônica
Eu menor que o mundo — marcada pela poesia social
Eu igual ao mundo — abrange a poesia metafísica
Sobre a poesia política, algo incipiente até então, deve-se notar o contexto em que Drummond escreve. A civilização que se forma a partir da Guerra Fria está fortemente amarrada ao neocapitalismo, à tecnocracia, às ditaduras de toda sorte, e ressoou dura e secamente no eu artístico do último Drummond, que volta, com freqüência, à aridez desenganada dos primeiros versos: A poesia é incomunicável / Fique quieto no seu canto. / Não ame. No final da década de 1980, o erotismo ganha espaço na sua poesia até seu último livro.
Fonte:

Vou até o fim do mundo e já volto


Voces conhecem uma cidade chamada Campininha das Ariranhas?
O prefeito chama Mané Dentista (sem sobrenome)
Tem 4 vereadores:Seu Chico, Ditão da Selaria, Seu Osvaldo do Bar do Ponto (a rodoviária deles)E o Nestor do açougue
As placas de Benvindo e Volte Sempre estão no mesmo lugar, só que uma de cada lado da única estrada de acesso ao lugar. Ela se transforma na única rua ( rua Everaldo do Engenho) que termina no fim da cidade.
Quando chove vira um barro só e nem trator trafega.
O onibus (uma jardineira ford 1958 com 22 lugares, mas nunca enche) não sai.
Enfim ninguém entra e nada sai. Fiquei ilhado lá por 4 dias.
Eles já têm televisão, mas só pega a Globo e o SBT.Contei 3 automóveis e 5 picups.Quer mais fim de mundo do que esse?
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Cidadezinha Qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eita vida besta, meu Deus..
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Carlos Drumond de Andrade