sábado, 18 de octubre de 2008

UM SONHO NA CASA DA COLINA

Em uma noite que julguei qualquer eu me deitei, dormi e você veio...Encontramos-nos em uma cabana... simples com um lago de águas claras. Longe de muitos e pertinho um do outro. Muito verde nos cercavam, um jardim muito bonito, pássaros e borboletas passeavam pelo lugar. Tudo parecia tão real, acontecia tudo de verdade.Incrível como era peculiar... Como se tudo fosse preparado para marcar para sempre nossas vidas. Nosso amor, nosso desejo pareciam insaciáveis, como se fossemos único. Queríamos as mesmas coisas, falávamos a mesma língua, sentíamos a mesma felicidade. Um brinde à força da nossa paixão!Conversávamos, ríamos nos amávamos no decorrer de todo o dia: na cama, no jardim, no píer, nadávamos nus, livres de nós mesmos.O sol durante o dia e a lua durante a noite eram nossos cúmplices, nossos aliados e a tudo assistiam. Aqueles momentos pareciam eternos, sem hora marcada para terminar... Aqueles momentos pareciam durar para sempre, sem ninguém para nos incomodar...Ah aquela casa, aquela colina, tão real, tão natural! Como diz a uma música: Eu sei que os sonhos são pra sempre!Se você existe... meu sonho é real.

martes, 14 de octubre de 2008

O SORRISO




Pode ser grande ou pequeno escancarado ou sereno o que importa é não faltar nunca um sorriso no olhar.

Na manhã de sol na tarde de chuva na noite que cai na madrugada que se vai.

Sorrindo você chega antes pra esperar um sonho pra cantar a vida e brilhar.
Não deixe nunca de sorrir e sonhar.

Ele enfeita semblantes suaviza tristes expressões é o sorriso quem comanda os fantoches do coração.

Tere Penhabe
Itanhaém, 26/03/2003

domingo, 12 de octubre de 2008

SEXO VIRTUAL



A Internet causou um frenesi nos relacionamentos interpessoais na última década. Por um lado, a rede mundial de computadores facilitou a comunicação: emails, blogs, salas de bate-papo permitem que se entre em contato com pessoas de diversos países em tempo real, de um modo muito mais ágil do que era possível antigamente. Sem contar a possibilidade de se conhecer pessoas com interesses comuns. Listas de discussão e comunidades virtuais são exemplos desse meio de aproximação.



Contraditoriamente a essa sensação de proximidade com os outros, o mundo virtual também contribuiu para que as pessoas se afastassem na vida real. Se antes nós matávamos a saudade dos amigos com um encontro em um barzinho ou em uma festa qualquer, hoje nos contentamos com um "encontro" pelo messenger para pôr os assuntos em dia. A mesma coisa ocorre com as novas amizades ou transas.

Antigamente, o romance só era possível com o olho no olho. Hoje, há quem se relacione sem ao menos ter visto a pessoa - como é o seu caso. Assim é mais fácil viver "fantasias" - no meio virtual não é preciso assumir a personalidade "real". Se você é tímida e "certinha", por exemplo, pode pôr para fora o seu lado mais liberal, já que pode estar protegida sob um pseudônimo.

A ausência de vínculo dilui o receio de sofrer julgamentos, críticas ou mesmo de abalar o relacionamento. Não há por que temer alguém que você não tem nem certeza que existe, certo? Sem entraves é mais fácil extravasar: você não precisa se conter frente à preocupação de "o que ele vai pensar de mim" ou "ele vai se assustar se eu disser isso ou aquilo".

"A AUSÊNCIA DE VÍNCULO DILUI O RECEIO DE SOFRER JULGAMENTOS, CRÍTICAS OU MESMO DE ABALAR O RELACIONAMENTO. NÃO HÁ POR QUE TEMER ALGUÉM QUE VOCÊ NÃO TEM NEM CERTEZA QUE EXISTE, CERTO?"

Com o namorado real, o quadro muda completamente. Vocês provavelmente já criaram expectativas em relação ao outro e o relacionamento, sem dúvida, demanda mais esforço para sobreviver. Não basta simplesmente se encontrar eventualmente em um chat de bate-papo. É necessário contornar a rotina para não cair na mesmice; saber lidar com os defeitos e as limitações do parceiro; superar brigas, desentendimentos, ciúmes; além de manejar as cobranças que surgem pelo caminho. Ou seja: o prazer acaba sendo apenas uma parte de um todo muito mais complexo do que um encontro sexual fugaz.

Com o seu companheiro virtual, impera a fantasia. Nas suas conversas você pode dar vazão a todos os desejos reprimidos, funcionando como válvula de escape. Acontece que não dá para simplesmente colocar a realidade de lado. Você precisa encará-la e descobrir o que está barrando a possibilidade de obter prazer "ao vivo". As possibilidades são inúmeras: pode ser o desgaste do relacionamento, uma inibição sua ou a falta de sintonia com seu namorado, por exemplo. Mas só você pode descobrir. Então, aceite uma sugestão: tente trazer alguns elementos desse prazer virtual para sua vida real e "pagar para ver" o que acontece com o namorado. Não é uma opção melhor do que chutar uma relação para o alto sem nem saber onde está pisando?

"Muita gente estranha quando eu digo que estou inscrita em um site de namoro. Sei que a maioria pensa: 'Ah, coitada, teve de ir para a internet porque está encalhada'. Pois eu digo: isso é ridículo. Nunca fiquei encalhada ou sem namorado na minha vida. O que ocorre é que eu simplesmente cansei de dar tiro n'água. Cheguei a um ponto em que não tenho mais idade nem paciência para ficar contando a história da minha vida ou tentando mostrar quanto sou legal para um zé-ninguém que eu tenha conhecido em um bar. Pela internet, consigo peneirar exatamente as pessoas que procuro, que pensam como eu, que querem o mesmo que eu."
ESTHER JAGOSEHIT, executiva, 30 anos (Foto Claudio Rossi)


Entenda a crise mundial dos alimentos


Para especialistas, não é possível eleger um único 'vilão' para a crise.

Organismo de alimentos da ONU aponta principais fatores.

Os alimentos estão mais caros e, no mundo todo, o tema deixa autoridades em alerta e esquenta debates em torno das possíveis causas para a escassez de comida.



Para explicar a crise atual, no entanto, não é possível eleger um “vilão” específico. Segundo especialistas, são muitos os fatores que culminaram no cenário de inflação agravado desde o começo do ano.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas, a falta de alimentos ameaça como um "tsunami silencioso", e pode afundar na fome 100 milhões de pessoas.



De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação (FAO) os principais fatores que influenciam a alta dos preços dos alimentos são o aumento da demanda, a alta do petróleo, a especulação e condições climáticas desfavoráveis. Há controvérsias sobre a dimensão da responsabilidade dos biocombustíveis, cujas matérias-primas (cana, milho e outras) disputam espaço com culturas destinadas à produção de comida. Saiba mais sobre cada um desses fatores:

Mais demanda, menos oferta



A população mundial está comendo mais. Especialmente nas economias que têm registrado maior expansão, como a da China, que tem 1,3 bilhão de habitantes. Com mais gente comprando, vale a lei da oferta e da procura: os produtos se valorizam no mercado e ficam mais caros.

Alta do petróleo


O preço do barril de petróleo vendido em Nova York e em Londres tem, sim, relação direta com a escalada do valor dos alimentos, já que a agricultura demanda grandes quantidades do óleo, seja no maquinário, tratores, uso de fertilizantes ou transporte, até esse produto chegar ao consumidor.



“O aumento no petróleo também faz com que o preço final dos alimentos fique mais caro”, diz Francisco Carlos Teixeira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ele, o preço do barril influi diretamente nas commodities agrícolas em duas pontas: na produção e na distribuição.



“Hoje, a agricultura é totalmente industrializada e depende em boa medida do petróleo, usado como matéria-prima para uma série de produtos, como defensivos agrícolas e químicas de preparação da lavoura. Além disso, também movimenta os veículos que transportam as safras agrícolas”, diz Teixeira.

Especulação



Com a queda do dólar, investidores que ganhavam dinheiro investindo na moeda norte-americana migraram para a aplicação em outras commodities, como os produtos agrícolas.



Muitos fundos têm usado as bolsas de mercadorias para especular com a antecipação da compra de safras futuras em busca de melhor rentabilidade, o que também contribui para valorizar e o preço de commodities como o trigo e o arroz.



Segundo a FAO, os preços internacionais do arroz começaram uma escalada desde o início do ano, depois de subirem 9% em 2006 e 17% em 2007. O preço do produto subiu 12% em fevereiro e mais 17% em março, segundo o índice All Rice Price, elaborado pela entidade.

Condições climáticas


O clima é outro fator que reduziu a quantidade de alimentos produzida no mundo, segundo relatório da ONU divulgado na semana passada.



As condições climáticas desfavoráveis devastaram culturas na Austrália e reduziram as colheitas em muitos outros países, em particular na Europa, segundo a FAO.


Segundo as previsões da FAO, as reservas mundiais de cereais caíram para o seu nível mais baixo em 25 anos com 405 milhões de toneladas em 2007/08, 5 % (21 milhões de toneladas) abaixo do nível já reduzido do ano anterior.
Biocombustíveis?


"Os biocombustíveis são apenas uma gota no oceano desse cenário de aumentos”, diz a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Suzana Kahn Ribeiro.



Segundo ela, o caso do biocombustível é particular do etanol fabricado a partir do milho dos Estados Unidos. "O milho é uma cultura alimentar e, de fato, começou a haver um desvio da produção de milho com finalidade para alimento para a produção do etanol", diz.

Com a redução da oferta de milho subiu o preço dos derivados, o que começou um processo em cadeia; aumentou o preço da ração dos animais e, conseqüentemente, das carnes. "No Brasil (onde o etanol é feito a partir da cana-de-açúcar) a realidade é bem diferente; tanto que, no nosso histórico dos últimos 30 anos, aumentamos a produção não só de etanol, mas também de alimentos", diz.