martes, 9 de diciembre de 2008

OS TEUS SEIOS, . . LINDOS,. . .LINDOS


A UM SEIOO


teu pequenino seio

De transparência azulada,

Foi uma espera doirada

Que se partiu pelo meio :


Cada metade após veio

E ao teu peito se colou :

Foi assim que Deus criou

O teu pequenino seio . . .


Mas, talvez falta de jeito ,

Ao dispô-las no teu colo ,

Formou-lhes mesmo no pólo

Um róseo bico de peito .


Tão rosado e pequenino

Que por sobre a pele langue

Semelha a gota de sangue

D'algum coração divino . . .


Sobre essa pele dos ninhos

Enroscam-se as veias verdes ,

Em que tu as horas perdes

A seguir-lhes os caminhos .


Elas correm sinuosas ,

Desde o peito até aos bicos

D'esses dois montes, dois picos ,

Da cor dos botões de rosas . . .


Têm a lanugem doirada

Em volta disposta em franja ,

Dando-lhe a cor da laranja ,

D'uma laranja encantada !


Eis porque digo ao teu seio

De transparência azulada ;

Que foi espera doirada

Que se partiu pelo meio ! . . .



Manoel Penteado

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